Grita Liberdade

"Não há lei mais injusta do que a lei da força"

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Ainda, a manifestação de Chaves

Político experiente, Fernando Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, ainda hoje se interrogará como foi possível cometer o erro – infantil – de, na vâ tentativa de ser solidário com o governo, ter afirmado ao país, em directo na RTP, que aquelas oito mil pessoas (são números da SIC) que se manifestavam contra a despromoção das urgências do Hospital de Chaves não se estavam a manifestar contra o governo PS. Então, era contra quem?...
O Ministro da Saúde veio de seguida “agradecer” a Fernando Rodrigues dizendo que aquelas 8 000 almas estavam a ser MANIPULADAS pelo PSD contra o governo. A isto chama-se gratidão…
Com a sua presença na manifestação de Chaves Fernando Rodrigues mostrou que põe em primeiro lugar a defesa dos munícipes que representa (recorde-se que Montalegre vai ser o Concelho mais prejudicado com a despromoção das urgências de Chaves, pois é aquele que mais longe se encontra de Vila Real).
Com a resposta que obteve do, ainda, Ministro da Saúde, Fernando Rodrigues terá “aprendido” que perante situações injustas não se pode ser solidário com quem o não merece…

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A manifestação de Chaves

Mais de 5 mil pessoas manifestaram em Chaves e Vila Pouca de Aguiar, na passada quarta-feira, a sua indignação com a política(?) de saúde levada a cabo por este governo.
Esta foi, sem dúvida, a maior manifestação que alguma vez se fez em Trás-os-Montes.
De todas as declarações feitas, por políticos ou populares, registo aquela que um cidadão anónimo proferiu, em directo, no Jornal da Tarde da SIC, no dia da manifestação: "o pessoal que estava aqui devia ir a Lisboa agarrar no Primeiro Ministro e no Ministro da Saúde e espetar com eles no Tejo". Descontado o fanatismo daquele cidadão, lembro que o Tejo é um rio já demasiado poluído...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Ministro da Economia NÃO FEZ o que devia

Lê-se na coluna "Sobe e Desce" do Jornal Público de hoje que:"Jorge Vasconcelos reunia todas as condições para ser eleito presidente da Agência Internacional de Energia, um lugar internacional de prestígio. Não foi porque o ministro da Economia, Manuel Pinho, não fez o que devia a tempo e horas, apesar de ter vindo a público afirmar o contrário. É um caso pouco edificante de que Portugal não saiu prestigiado."
Por outro lado, sabendo-se que Manuel Pinho confidenciou estar "aliviado" pelo facto de a candidatura não ter ido para a frente, ficamos estarrecidos.
Será que o Ministro da Economia pensava que a candidatura estava perdida? Confia ele assim tanto no País que ajuda a (des)Governar? Ou foi falta de coordenação com o Ministério dos Estrangeiros?

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

ESPALHEM A NOTÍCIA, ou CHAMEM A POLÍCIA?

Acabo de receber, por vários amigos, a notícia:Um” blogue do não” usou nas suas páginas uma canção minha, para, em ultima análise, promover os seus pontos de vista em relaçao ao referendo de Domingo.Para mim, não é um assunto novo.Muitas vezes, canções inteiras foram usadas em contextos ampliados — e muitas vezes amplificados. E muitas outras se apropriaram de frases minhas para dizer — e pensar — outras coisas. Goste ou não goste (e gosto várias vezes) acho que tudo isso faz parte de qualquer acto creativo.Se não o quisesse expor a esse risco, guardava-o na gaveta.Só que há limites, claro.Desde já, neste caso enganaram-se, não só na intenção, mas no próprio título da canção.Em vez de “Espalhem a notícia”deviam ter posto (e postado) “Chamem a polícia”...A minha canção é uma elegia à qualidade da vida, e também à alegria consciente de dar à luz um novo ser.Nada que se pareça com humilhação, falsas promessas de apoio a gravidezes indesejadas, sugestões de trabalho comunitário para substituir penas de prisão, e outra pérolas que tais.E sim, sim à vida que a canção exalta e reconhece.
Espalhem a notícia.
a) Sérgio Godinho

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

CSM suspende Juiz Hélder Fráguas

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) instaurou, hoje, um processo disciplinar ao juiz desembargador Rui Rangel, devido a um artigo por este publicado num jornal diário sobre o famoso "caso Esmeralda". Até aqui nada de especial pois, como é costume, o processo disciplinar é só "para Inglês ver" acabando, como quase todos, em coisa nenhuma.
Mas, o CSM hoje foi mais longe. Decidiu hoje suspender preventivamente o juiz Hélder Fráguas por autoria de um blogue Aqui e Agora que contém linguagem considerada pelo CSM "obscena e imprópria".
Pergunto, qual o limite e como se define o mesmo entre o "dever de reserva" do estatuto dos magistrados e a liberdade de expressão dos visados enquanto cidadãos comuns?!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Porque voto SIM

Não pretendo inventar a “pólvora”. Se lhe parece que já leu isto que vou escrever é porque efectivamente já as leu, pois a poucos dias do referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) ou Aborto, como vulgarmente é conhecida, já todos os argumentos foram apresentados e pouco de novo é ainda possível dizer.
Mesmo assim, tomo a LIBERDADE de “publicar” aquilo que (já em 1998) me leva a votar SIM no referendo.

1º - Só não interrompe a gravidez quem não quer pois, mediante aquilo que cada um pode pagar, assim se escolhe a clínica em que se vai abortar – o que falta saber é em que condições sanitárias, humanas e emocionais a Mulher o faz.

2º - Não há Mulher nenhuma no mundo que aborte de forma leviana. Se o faz é porque, pesados todos os prós e contras, chega à conclusão de que não tem a mínima hipótese de dar ao futuro filho as condições mínimas que um ser humano exige: sejam elas afectivas, sociais ou económicas.

3º - Por muito que se melhorem os processos de adopção , o recém-nascido abandonado é a grande vítima da sociedade, independentemente daquilo que pregam outras doutrinas e o poder político, aqui e ali, promete.

4º - A despenalização da IVG vai possibilitar à mulher ser assistida em condições dignas e medicamente seguras impedindo que, devido á utilização de técnicas arcaicas, lhe sejam provocados danos com consequências físicas e emocionais muitas vezes irreparáveis.

5º - Nunca uma mulher que aborte deve ser privada da liberdade. Ao ter de abortar a mulher já é suficientemente penalizada. Só o não vê quem não quer, pois não existe nada no mundo melhor do que um filho (ou, até, um irmão).

6º - Lamentavelmente, de 1998 (1º referendo) até hoje, muito pouco ou nada se fez para evitar o elevado número de abortos clandestinos que ocorrem em Portugal e que consequências tão nefastas têm provocado na Mulher. Da esquerda à direita quem tem tido o poder tem fechado os olhos a esta situação fazendo de conta que não vê.
Chegou a vez do povo, em LIBERDADE, votar SIM e acabar, de uma vez por todas, com o drama de quem, em condições dificílimas, tem de abortar.

Voto SIM. Faça você o mesmo e vai ver que se vai sentir muito melhor. Até porque, como disse no início, abortar é fácil…mas é sempre mais fácil para quem tem dinheiro…

domingo, fevereiro 04, 2007

Um País de brincar


O CDS/PP e PSD querem explicações para o pedido de indulto a favor de um foragido. Tanto o CDS/PP como o PSD exigiram que o Ministro da Justiça explique como foi possível atribuir um indulto de Natal a um empresário que estava fugido à Justiça.
Entretanto, timidamente, o ministério da Justiça ordenou uma averiguação a este caso que, como todos suspeitamos, não vai ter consequências.
Entendo que as informações que chegam à Presidência da República devem ser irrepreensíveis. Quer as que se referem a um foragido, que foi indultado, quer as que dizem respeito ao desempenho do ex-PGR, que vai ser, vergonhosamente, condecorado.
 
AVISO: Este blogue não aceita comentários aos textos publicados. Não sendo um órgão de comunicação social, não deve explicações a quem quer que seja, só o visitando quem quer. É um espaço de OPINIÃO onde o autor, devidamente identificado, escreve o que lhe dá na gana, sem ofender quem quer que seja. No entanto, eventuais reações por parte dos leitores, serão tomadas em consideração (devendo para tal, ser enviadas através do e-mail gritaliberdade@sapo.pt), desde que o comentarista esteja devidamente identificado e a sua posição seja considerada de interesse para um debate franco, aberto e leal.